Nesta terça-feira (24/6), o dólar à vista fechou em alta de 0,29% em relação ao real, cotado a R$ 5,51. O Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), também subiu. Ele avançou 0,45%, aos 137.164 pontos.
O principal vetor do pregão nos mercados de câmbio e ações dos foi dado pelo cessar-fogo no Oriente Médio. A trégua entre Israel e Irã havia sido anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na segunda-feira (23/6). Posteriormente, ela foi confirmada pelos líderes dos dois países.
Ao longo do dia, no entanto, surgiram acusações de que ambos os lados haviam descumprido o acordo. Mas, depois de uma conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA anunciou que a trégua seguia em vigor e que nenhum ataque seria realizado.
Nesse contexto, os mercados globais mudaram de humor. As bolsas da Ásia, Europa e Estados Unidos operam em alta, com a diminuição da tensão no Oriente Médio. Em Nova York, por exemplo, às 16h30, o S&P 500 registrava elevação de 1,27%; o Dow Jones, de 1,33%; e o Nasdaq, que concentra empresas de tecnologia, de 1,53%.
Juros nos EUA
Os investidores também acompanharam as declarações feitas pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, sobre a política monetária no país, em uma sabatina no Congresso americano. Ele ressaltou que o cenário econômico ainda é de incerteza, causada pelas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Powell, com isso, manteve em aberto o momento de um eventual corte de juros, acrescentando que os dados sobre a inflação ainda devem refletir nos próximos meses o impacto das sobretaxas nos preços dos produtos. Com isso, foi mais conservador do que dois diretores do conselho do Fed, Christopher Waller e Michelle Bowman. Na véspera, ambos haviam afirmado que são favoráveis a uma discussão já no próximo mês sobre uma redução na taxa de juros, atualmente no intervalo entre 4,25% e 4,50%.
Petróleo
Outro indicador de estabilidade no mercado — e queda na tensão no Oriente Médio — foi a cotação do petróleo. O valor da commodity fechou em queda acentuada de mais de 6% nesta terça-feira, registrando a segunda baixa consecutiva.
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