Adriana Machado, da Ascom SSP-DF
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), lançou nesta quarta-feira (18) o primeiro Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal. A publicação é inédita e consolida dados e análises sobre a criminalidade e as ações institucionais realizadas nos últimos dez anos.
O documento apresenta um panorama completo de indicadores como os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) — homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte — além de dados sobre mortes por intervenção legal e registros de desaparecimento de pessoas, cuja taxa de localização alcançou 98% em 2024.
O primeiro Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal foi lançado pelo GDF nesta quarta-feira (18), reunindo dados que mostram a evolução da segurança pública com base em evidências | Foto: Divulgação/SSP-DF
Um dos destaques do anuário é a redução histórica da criminalidade, com o menor índice de CVLIs já registrado no Distrito Federal. A publicação também evidencia os resultados do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, que tem promovido maior integração entre as forças de segurança e contribuído para o avanço dos indicadores.
O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, destacou o ineditismo e a importância da publicação como marco de uma política pública pautada na transparência e na participação institucional: “O lançamento do primeiro Anuário de Segurança Pública do Distrito Federal representa um marco para a gestão pública local. Pela primeira vez, o DF consolida, de forma técnica e acessível, uma década de dados que traduzem a evolução da segurança pública com base em evidências. Essa publicação inédita fortalece a transparência, orienta decisões estratégicas e contribui para o aperfeiçoamento contínuo das políticas públicas”. Avelar ressaltou a importância da atuação integrada.
“Em 2024, registramos a menor taxa de crimes violentos letais intencionais da série histórica, reflexo direto de uma atuação cada vez mais integrada, planejada e guiada por informações concretas. O nosso compromisso é seguir aprimorando essa ferramenta, ampliando indicadores e aprofundando a análise qualitativa dos fenômenos criminais, para que possamos não apenas reagir, mas antecipar e prevenir com inteligência, responsabilidade e diálogo com a sociedade”, acrescentou o secretário.
Um dos destaques do anuário é a redução histórica da criminalidade, com o menor índice de CVLIs já registrado no Distrito Federal | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Durante o lançamento, o secretário nacional de Segurança Pública, Mário Saburro, elogiou a iniciativa e ressaltou a importância da análise técnica no fortalecimento das políticas públicas: “Importante destacar que o Ministério da Justiça e Segurança Pública tem trabalhado e procurado fomentar em todo o país uma política de segurança pública que seja eficiente, que respeite os direitos humanos e que seja baseada nas evidências. E o lançamento deste anuário é a mais pura demonstração de que uma política de segurança que se baseia nas evidências, que investe nos direitos humanos e na eficiência, que olha para os números e que se apoia na tecnologia. É isso que queremos para o nosso Brasil. É isso que nos levará a uma maior eficiência”.
O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, destacou o impacto positivo da gestão orientada por dados na percepção da população. “Todas as políticas públicas de governo em cada região administrativa refletem exatamente o pensamento da população. E mais do que a segurança em si, é notável a melhoria da sensação de segurança. Nossos dados e pesquisas demonstram uma evolução nesse sentimento, o que é muito positivo”, afirmou.
O anuário também lança as bases para um debate mais qualificado sobre os fenômenos que envolvem a violência letal. De acordo com o subsecretário de Gestão da Informação da SSP-DF, George Couto, a decisão de focar inicialmente os crimes violentos letais intencionais — além das intervenções legais e dos desaparecimentos de pessoas — foi metodológica, com base em uma década de dados.
“A maior agenda da segurança pública são os crimes violentos letais intencionais, mas é importante deixar claro que violência não se resume a esses casos. Existem outras modalidades criminosas relevantes que precisam entrar no debate público. Neste primeiro anuário, fizemos um recorte estratégico, com base na criação de uma metodologia robusta e na análise de dez anos de dados. Estamos inaugurando também a análise qualitativa dos homicídios — como o uso de armas de fogo, as motivações e os locais onde ocorrem. Nosso desafio é seguir ampliando esse debate, fortalecer a interação entre Estado e sociedade e manter a tendência de queda nos indicadores que observamos desde 2012”, explica George.
Leave a Reply