Após a prorrogação da interdição por tempo indeterminado, o Zoológico de Brasília pediu que o Governo do Distrito Federal (GDF) apoie os ambulantes que trabalhavam no local. O Zoo está interditado desde 28 de maio devido a um caso de gripe aviária. A reabertura estava marcada para 13 de junho, mas foi adiada depois que um emu contraiu a H5N1.
No ofício, encaminhado à Secretaria de Desenvolvimento Social, o Zoo replica um apelo feito pela Associação dos Permissionários Pipoqueiros.
“Ajuda de alimentos não perecível [sic] ou quantia em valores para compras destes alimentos, eles estão em situação muito difícil. Já está faltando alimentos em suas mesas, pois a única renda deles é o faturamento que sai do zoológico”, frisa o pedido.
O Zoo ainda detalha no documento que os ambulantes são “pessoas de baixa renda, os quais estão passando por dificuldades nos seus sustentos alimentares, incluindo seus familiares”.
A instituição pede uma doação de 35 cestas básicas mensais para serem distribuídas até liberação do Zoológico para reabertura à visitação pública e, consequentemente, o retorno do funcionamento dos permissionários.
A medida, caso acatada, valeria apenas para ambulantes registrados e listados pelo Zoo.
Entenda o que é a gripe aviária
- Também conhecida como influenza aviária, é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, mas também pode acometer humanos, no entanto, com um baixo risco.
- Entre os principais sintomas apresentados nas aves, estão dificuldade respiratória, secreção nasal ou ocular, espirros, incoordenação motora, torcicolo, diarreia e alta mortalidade.
- Todas as suspeitas de gripe aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves, devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária.
Gripe aviária no Zoo
Um laudo técnico divulgado na segunda-feira (16/6) confirmou a presença do vírus da gripe aviária no emu que ficou doente no Zoológico de Brasília. O animal apresentou sintomas e precisou passar por eutanásia na última semana.
O resultado foi comunicado à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O emu, uma ave nativa da Austrália, pertencia ao plantel do Zoo. Esse é o segundo caso suspeito de gripe aviária no DF neste ano. O primeiro caso foi em um irerê – uma espécie de pato – que não fazia parte do plantel do Zoo, mas foi encontrado sem vida dentro do local.
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