Revolta no HRGu: Governo corta insalubridade e servidores reagem com indignação

O clima segue tenso e de profunda indignação entre os servidores do Hospital Regional do Guará (HRGu). Na manhã desta segunda-feira (2), o SindSaúde esteve novamente na unidade para ouvir os trabalhadores e discutir estratégias diante do corte injusto do adicional de insalubridade de servidores que atuam diretamente com materiais contaminados, como roupas hospitalares com sangue, secreções e fluidos biológicos.

A retirada do adicional tem causado grande preocupação, especialmente entre os servidores que estão prestes a se aposentar. Muitos deles têm mais de 25 anos de serviços prestados e agora temem que essa medida afete diretamente o valor de seus proventos. Além disso, grande parte está comprometida com empréstimos consignados do BRB, cujas parcelas são calculadas com base na remuneração bruta. A perda da insalubridade significa, para muitos, um corte de mais de R$ 1.000 no salário — o que compromete a renda familiar e dificulta o sustento.

“Tiraram injustamente a nossa insalubridade. Perdemos um direito garantido, porque nossa função é diretamente ligada ao risco biológico. No meu caso, são 20% a menos — mais de mil reais. Tenho família, pago pensão… isso abala tudo”, desabafa um servidor com mais de 25 anos de casa.

Durante a visita, a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues, entrou em contato com o deputado distrital Iolando Almeida, que prontamente atendeu a ligação e assumiu o compromisso de atuar firmemente ao lado dos servidores, buscando resolver a situação com urgência.

Outra movimentação importante veio do próprio secretário de Saúde, Juracy Lacerda, que respondeu ao contato do sindicato e informou que o caso será tratado nesta terça-feira (3). O SindSaúde aguarda que o encontro resulte em uma solução rápida e justa para os trabalhadores do HRGu.

Caso não haja avanços, uma das medidas estudadas é a suspensão imediata das atividades insalubres, já que, segundo a própria Secretaria de Economia, essas funções “não existem”. Se não são oficialmente reconhecidas, não há sentido em mantê-las sendo executadas.

O SindSaúde permanece mobilizado, em defesa dos servidores e de seus direitos, e destaca o importante apoio do deputado Iolando Almeida nessa luta. O sindicato exige respeito. Exige que o governo devolva o que nunca deveria ter sido tirado: a dignidade e os direitos dos servidores da saúde.

A luta continua — com união, coragem e vigilância.

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