As vendas do setor de supermercados no Brasil fecharam o mês de abril registrando uma alta de 1,25% em relação a março, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29/5) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Já na comparação com o mesmo período do ano passado, o crescimento das vendas do setor supermercadista foi ainda maior, de 2,63%.
Segundo o levantamento da Abras, no acumulado de janeiro a abril deste ano, a alta foi de 2,52%.
Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Influência da Páscoa
De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, “embora o crescimento de 1,25% em abril, influenciado pela sazonalidade da Páscoa, possa parecer modesto, ele ocorreu sobre uma base comparativa elevada, já que, em março, o consumo avançou expressivamente, 6,96%”.
“Esse resultado atípico no mês anterior reduziu o espaço para um crescimento mais robusto. Ainda assim, o consumo na semana da Páscoa cresceu 16,5%, evidenciando o impacto positivo da data no consumo das famílias”, afirmou Milan.
Alta no valor da Cesta Abrasmercado
De acordo com o levantamento, o valor da Cesta Abrasmercado, que conta com 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), teve uma alta de 0,82% entre março e abril, passando de R$ 812,54 para R$ 819,20.
No acumulado de 12 meses até abril, o indicador registra alta de 10,83%.
Entre as maiores altas de preços no mês, estão café torrado e moído (+4,48%), feijão (+2,38%) e leite longa vida (+1,71%).
Por outro lado, houve queda nos preços de arroz (-4,19%), farinha de mandioca (-1,91%) e óleo de soja (-0,97%).
Por regiões
De acordo com o levantamento da Abras, no recorte por regiões, houve altas de 0,96% tanto no Norte (com a cesta passando a R$ 882,70) quanto no Centro-Oeste do país (R$ 774,96).
Na região Nordeste, a alta foi de 0,78%, para R$ 729,09. No Sudeste, o aumento ficou em 0,68%, para R$ 837,59.
A menor variação de preços foi registrada no Sul do país, com alta de 0,62%, para R$ 902,09.
Imposto de Importação
Segundo o vice-presidente da Abras, a decisão do governo federal de zerar o Imposto de Importação não surtiu grande efeito para a redução dos preços.
“Os produtos selecionados têm pouca representação de importação e o mercado se ajustou internamente”, afirmou Marcio Milan.
A medida, que está em vigor desde março deste ano, reduziu o imposto de 11 alimentos, entre os quais carnes, sardinha, café torrado, café em grão, azeite de oliva, açúcar, óleo de palma, óleo de girassol, milho, massas e biscoitos.
Para Milan, o único efeito até o momento foi a redução do preço do azeite de oliva, que registrou queda de 10% a 12%.
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