Uma parcela expressiva de 43,7% das cidades do Brasil ainda está em um nível de desenvolvimento socioeconômico entre baixo e crítico. Esse percentual representa um conjunto de 2.625 municípios, onde residem 53 milhões de brasileiros.
A constatação foi feita em um estudo realizado pela da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O trabalho, em sua segunda edição, avaliou 5.550 municípios do país. Eles abrigam 99,96% da população.
As cidades foram classificadas em quatro grupos por meio de um indicador, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Ele varia de 0 a 1,0, sendo maior o desenvolvimento quanto mais próxima de 1,0 for a nota. A avaliação foi feita a partir de dados de 2023 em três eixos: emprego e renda, saúde e educação.
Os quatro grupos incluem municípios de desenvolvimento “crítico” (os piores, com IFDM entre zero e 0,4), “baixo” (entre 0,4 e 0,6), “moderado” (0,6 e 0,8) e “alto” (0,8 e 1,0). (Consulte neste link o estágio de desenvolvimento econômico da sua cidade.)
Divisão em grupos
De acordo com o levantamento, a maior parcela das cidades brasileiras (48,1% ou 2.669) apresenta um estágio de desenvolvimento moderado. Uma fatia significativa (42,8% ou 2.376), no entanto, encontra-se na faixa de baixo desenvolvimento. Nos extremos da classificação, 4,6% (256) dos municípios foram considerados de alto desenvolvimento e 4,5% (249) estão num estágio muito baixo, classificado como “crítico”.
As cidades mais desenvolvidas
As 10 primeiras posições do ranking foram dominadas por cidades de São Paulo e do Paraná. Essas localidades mantêm um histórico consistente de bons resultados. Em todos os anos analisados, observa o estudo, elas sempre figuraram entre as 500 melhores do país, com destaque para Maringá (PR) e Americana (SP), que nunca saíram do top 10. A primeira colocada, Águas de São Pedro (SP), já ocupou essa posição no ranking em quatro ocasiões na série histórica do IFDM.
Cidades brasileiras com melhor nível de desenvolvimento (IFDM)
1º Águas de São Pedro (SP) 0,8932
2º São Caetano do Sul (SP) 0,8882
3º Curitiba (PR) 0,8855
4º Maringá (PR) 0,8814
5º Americana (SP) 0,8813
6º Toledo (PR) 0,8763
7º Marechal Cândido Rondon (PR) 0,8751
8º São José do Rio Preto (SP) 0,8750
9º Francisco Beltrão (PR) 0,8742
10º Indaiatuba (SP) 0,8723
Constância entre as piores
Na rabeira do ranking, estão dez cidades localizadas nas regiões Norte (oito delas) e Nordeste (duas) do Brasil. De acordo com o estudo, elas “acumulam resultados extremamente baixos desde o início da nova série histórica do IFDM, em 2013”. “Esses municípios apresentam um histórico de desenvolvimento socioeconômico crítico, e a maior pontuação já alcançada nesse grupo foi 0,2604 pontos, registrada em 2022 por Fernando Falcão”, acrescenta a análise. “Nesse contexto, desde 2018, essas dez cidades permanecem entre as 100 menos desenvolvidas do país.”
As dez cidades menos desenvolvidas do país (IFDM)
5.541º Curralinho (PA) 0,2431
5.542º Melgaço (PA) 0,2429
5.543º Limoeiro do Ajuru (PA) 0,2420
5.544º Fernando Falcão (MA) 0,2161
5.545º Oeiras do Pará (PA) 0,2143
5.546º Santa Rosa do Purus (AC) 0,1806
5.547º Jutaí (AM) 0,1802
5.548º Uiramutã (RR) 0,1621
5.549º Jenipapo dos Vieiras (MA) 0,1583
5.550º Ipixuna (AM) 0,1485
Fonte: Firjan
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