Evento reuniu estudantes com deficiência de várias escolas para celebrar a inclusão
Por Bruno Grossi, Ascom/SEEDF
Oito escolas e mais de dois mil alunos participaram da abertura do XX Festival Recreativo Especial de Ceilândia (FREC) | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.
A manhã desta terça-feira (7) marcou o início do XX Festival Recreativo Especial de Ceilândia (FREC), um dos eventos mais tradicionais da rede pública de ensino do Distrito Federal. Realizado no Sesc Ceilândia Norte, o encontro reuniu centenas de estudantes com deficiência, professores e familiares em uma grande celebração de esporte, cultura e lazer.
Organizado pelo Centro de Ensino Especial (CEE) 02 de Ceilândia, o festival nasceu de uma iniciativa dos próprios educadores da unidade e, ao longo dos anos, passou a envolver outras escolas e instituições da região.
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Em 2025, o FREC completou 20 edições, reunindo também o CEE 01 de Ceilândia, o CEE 01 de Samambaia, o CEE 01 do Guará, o Centro Educacional 07 de Ceilândia, o Centro Educacional (CED) 16 de Ceilândia, o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 04 de Ceilândia e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (APAED), conveniada à Secretaria de Educação.
O diretor do CEE 02 de Ceilândia, Itamar Assenço, destacou a importância da união entre as escolas para promover um evento pensado especialmente para os estudantes da educação especial. “Hoje, nós temos oito escolas trabalhando juntas em prol dos nossos estudantes para oferecer uma atividade cultural e esportiva bacana, um momento único que eles esperam o ano inteiro”, comemorou.
A subsecretária de Educação Inclusiva e Integral da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), Vera Barros, elogiou a trajetória e o impacto do FREC na rede pública. “O FREC é uma ação pedagógica que traduz, na prática, o que a educação inclusiva representa: respeito, convivência e oportunidades para todos. É emocionante ver o envolvimento das escolas e o brilho nos olhos dos alunos participando desse momento tão significativo”, afirmou Vera.
Quatro dias de integração

A abertura contou com apresentações culturais, atividades esportivas adaptadas e oficinas lúdicas | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.
O festival seguirá até sexta-feira (10), com uma programação variada. As atividades de quarta e quinta-feira (8 e 9) ocorrerão no CEE 02 de Ceilândia, e a culminância do evento será realizada no novo Parque Urbano do Setor O, em Ceilândia, com um grande piquenique de confraternização entre estudantes, famílias e servidores.
“A gente pensou nesse evento buscando acomodar nossos estudantes, porque não havia atividades adaptadas para eles. Então, criamos o FREC a partir de uma parceria entre o CEE 1 e o CEE 2 de Ceilândia, e, com o tempo, outras escolas foram se juntando. Hoje, vemos a inclusão acontecendo de verdade”, ressaltou o diretor Itamar.
Com a ampliação das atividades e o engajamento crescente das unidades participantes, o evento deste ano alcançou números expressivos. “Se a gente falar de forma direta, temos algo em torno de dois mil estudantes participando. É uma alegria muito grande ver o quanto o FREC cresceu e continua proporcionando momentos de convivência, aprendizado e inclusão para todos”, concluiu Itamar.
Educação especial em destaque
A diretora do Centro de Ensino Especial (CEE) 01 de Samambaia, Magna Costa, ressaltou a importância de eventos como o FREC para fortalecer a autoestima e como oportunidade para mostrar o potencial de cada um. Magna destacou a preparação da escola para a apresentação cultural, inspirada na riqueza da Amazônia. “A nossa escola está trazendo a história do Boi-Bumbá de Parintins, com elementos da cultura brasileira, como a onça-pintada e os personagens tradicionais da festa”, comentou.
Com entusiasmo, a diretora explicou que todos os estudantes participam das atividades, independentemente de deficiências ou transtornos. “Temos alunos com Transtorno do Espectro Autista, deficiências múltiplas e deficiência intelectual, e todos estão envolvidos. Alguns saem da coreografia, correm, expressam-se de formas diferentes — e é isso que a gente mais gosta, porque é o jeitinho deles. E nós amamos trabalhar assim”, completou.

Organizado pelo CEE 02 de Ceilândia, o festival nasceu de uma iniciativa dos próprios educadores da unidade, e hoje reúne outras escolas | Foto: Jotta Casttro, Ascom/SEEDF.
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