O Governo do Distrito Federal tem deixado claro que não valoriza os servidores da carreira GAPS. Enquanto as forças de segurança acumulam reajustes e conquistas, a saúde continua esquecida. E aqui não se trata de colocar uma categoria contra a outra. Os militares também são merecedores de reconhecimento, porque arriscam a vida diariamente em prol da população. Mas quando eles ou seus familiares precisam de atendimento, é justamente a carreira GAPS que está presente: transportando, acolhendo e recebendo nos hospitais.
O que causa indignação é a desigualdade. A justiça e a valorização têm que ser para todos. Será que cuidar de pessoas é menos importante? Será que manter um hospital funcionando pesa menos do que a segurança nas ruas? Ou será que o critério é força política e proximidade com o governador?
O que sabemos é que a carreira GAPS está cada dia mais adoecida por falta de valorização. E o pior: além de abalar a saúde emocional, isso atinge diretamente o bolso, famílias inteiras que dependem de um reajuste para colocar comida na mesa.
O governo insiste em ignorar os servidores da GAPS, justamente aqueles que estão nos bastidores garantindo que tudo funcione. A carreira tornou-se uma das menos valorizadas do Distrito Federal. São anos e anos de luta, pedidos de apoio, tentativas de diálogo — mas as portas permanecem fechadas. A resposta é sempre a mesma: “não há recursos”. Mas sabemos que há, porque se existe para uns, tem que existir para todos.
Talvez porque não se conheça a real importância dessa categoria para o funcionamento da saúde. E hoje, com o direito de greve restrito, qualquer movimento é sufocado com intervenção policial e judicialização.
A pergunta que ecoa no coração da categoria é dura: por que uns podem comer melhor e outros não?
Governador, valorizar a saúde também é valorizar a vida. O senhor deve agir como gestor responsável e justo, legislar para todos.
Essa é a obra que falta.
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