A S&P Global Ratings, uma das três principais agências de classificação de risco do mundo, cortou a nota de crédito global da Braskem, de “B+” para “CCC-”.
Além disso, a S&P National Ratings diminuiu a nota de crédito nacional da petroquímica de “brA-” para “brCCC-”, mantendo perspectiva negativa.
As agências de classificação de risco são empresas privadas que avaliam a saúde financeira de países e de outras empresas. Com base em critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros, as agências concedem uma nota de crédito.
Além da S&P, a Fitch e a Moody’s completam a lista das principais agências de risco no mercado global. As três foram fundadas ainda no início do século passado e têm sede em Nova York, nos EUA (a Fitch tem sede dupla, em Nova York e em Londres, na Inglaterra).
“A perspectiva negativa indica a possibilidade de um rebaixamento nos próximos seis meses se a empresa anunciar um processo de reestruturação de dívida que consideraríamos equivalente a um ‘default’”, explicam os analistas da S&P Global.
Segundo a agência de risco, há uma grande possibilidade de a Braskem reestruturar sua dívida nos próximos meses.
Dúvidas sobre reestruturação
Na semana passada, a Braskem anunciou a contratação de assessores financeiros e jurídicos para auxiliar a empresa a encontrar alternativas econômicas para a otimização de sua estrutura de capital. A decisão é tomada em um momento de baixa do mercado petroquímico global.
Segundo especialistas, investidores parecem ter interpretado esse anúncio como um indício de que pode haver um processo formal de reestruturação na Braskem.
Ações em queda
Na última sexta-feira (26/9), as ações da Braskem negociadas na Bolsa de Valores do Brasil (B3) registraram forte queda.
No pregão desta segunda-feira (29/9), os papéis da companhia recuavam 2,42% pouco depois das 13 horas (pelo horário de Brasília), cotados a R$ 6,85.
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