Ipê do CEF Metropolitana preserva a espécie há 60 anos – Secretaria de Estado de Educação

Árvore plantada pela professora Cláutenes Mourão é matriz de coleta da Novacap

Por Agência Brasília* | Edição: Vinicius Nader

 

Frondoso, no Centro de Ensino Fundamental da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, um exuberante ipê-amarelo virou destaque entre os demais da espécie. Cientificamente chamado de Handroanthus serratifolius, ele é considerado matriz de coleta de sementes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e, todos os anos, garante a produção de mudas que ajudam a preservar a beleza da nossa cidade.

 

Entre os meses de agosto e setembro, o ipê da Metropolitana atinge o auge da floração | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

 

Entre os meses de agosto e setembro, a árvore atinge o auge da floração. Em seguida, surgem as vagens com semente, que passam a ser monitoradas pela equipe técnica dos viveiros da companhia. A coleta depende do clima para ser feita e não possui data fixa, mas ao chegar o momento podem ser coletadas até 90 mil sementes em um único ano. Depois do beneficiamento nos viveiros, elas dão origem a mudas que são distribuídas e plantadas em diferentes regiões administrativas do Distrito Federal.

 

O ipê da Metropolitana, que fica na Rua 1, faz parte de uma rede de árvores matrizes espalhadas pela cidade, que incluem exemplares na Asa Sul, Asa Norte, Sobradinho e próximo ao Viveiro I da Novacap, no Park Way.

Pioneira

 

O valor desse ipê vai além da função ambiental. Há quase seis décadas, ele foi plantado pela professora Cláutenes Mourão, junto dos primeiros alunos, filhos dos pioneiros que ergueram a nova capital.

 

Conhecida como grande contadora de histórias e poeta, ela usava o ipê em suas aulas para ensinar, inspirar e sensibilizar. Décadas depois, a árvore permanece como um dos maiores símbolos da escola, tombada como patrimônio histórico do DF em 1985.

 

A professora Cláutenes Mourão usava a frondosa árvore como inspiração para as próprias aulas

 

Hoje, o ipê da Metropolitana segue encantando gerações. A pedagoga Bruna Sousa, 43, ex-aluna de Cláutenes, recorda a influência da professora: “Ela levava a gente para o ipê, fazia poemas, contava histórias e pedia para a gente reescrever. Sempre havia alguma atividade relacionada à árvore.”

 

Para o vice-diretor do Centro de Ensino Fundamental da Metropolitana, Luiz Kienteca, 55, o exemplar representa o elo entre educação e memória. “Esse ipê, além de ser um símbolo da beleza natural, carrega uma rica história. Representa o legado educacional e cultural da escola, que foi inaugurada em 1959 e tombada como patrimônio histórico”, afirma.

 

*Com informações da Novacap

 

 

 

 

Crédito da Matéria

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *