O dólar operava em baixa nesta sexta-feira (22/8), último pregão da semana e dia em que as atenções dos investidores estão totalmente voltadas para os Estados Unidos.
O principal acontecimento do dia, sob o ponto de vista do mercado, é o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em um simpósio da autoridade monetária. Os investidores seguem à espera de “pistas” sobre o rumo da taxa básica de juros na maior economia do mundo.
Dólar
- Às 9h17, a moeda norte-americana recuava 0,19% e era negociada a R$ 5,466.
- Na véspera, o dólar encerrou a sessão praticamente estável, em leve alta de 0,09%, cotado a R$ 5,495.
- Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 2,2% no mês e de 11,36% no ano frente ao real.
Ibovespa
- As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.
- No dia anterior, o indicador fechou o pregão em ligeira queda de 0,12%, aos 134,5 mil pontos.
- Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganhos de 1,08% em agosto e de 11,83% em 2025.
Simpósio do Fed no centro das atenções
O mercado financeiro acompanha nesta sexta-feira o Simpósio de Jackson Hole, conferência anual nos EUA que conta com a participação de dirigentes do Fed, incluindo o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell.
O Simpósio de Política Econômica do Fed acontece na região de Jackson Hole, em Wyoming. Trata-se de uma conferência promovida pela unidade regional de Kansas City do Fed sempre no fim das férias de verão.
A maior expectativa do dia é justamente pelo discurso de Powell em Jackson Hole. Os investidores esperam que o chefe da autoridade monetária dê alguma indicação a respeito da trajetória dos juros norte-americanos, em meio à escalada dos ataques de Trump ao Fed.
De acordo com dados da ferramenta FedWatch, do CME Group, 71,5% dos investidores apostavam em corte de juros já na próxima reunião do Fed, em setembro. O percentual está abaixo dos 82,4% de quinta-feira (21/8).
No fim de julho, o Fed anunciou a manutenção dos juros básicos no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A próxima reunião do Fed para definir a taxa de juros acontece nos dias 16 e 17 de setembro.
O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI, na sigla em inglês), que mede a inflação no país, ficou em 2,7% em julho, na base anual, mesmo resultado registrado em junho. Na comparação mensal, o índice foi de 0,2%, ante 0,3% em junho.
A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não esteja nesse patamar, o índice vem se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024. A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para conter a inflação.
Até o fim de 2025, o BC dos EUA tem programadas mais três reuniões de política monetária – em setembro, outubro e dezembro. Nas últimas semanas, ganhou força entre os analistas do mercado a tese de que o Fed deve começar a baixar os juros possivelmente a partir da próxima reunião, no mês que vem.
Na quarta-feira (20/8), a ata da última reunião do Fed apontou que os riscos de inflação são maiores do que as preocupações com o mercado de trabalho norte-americano. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a atacar o chefe do Fed, Jerome Powell, cobrando a queda dos juros.
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