Imagem de Gerd Altmann por Pixabay A maioria dos brasileiros rejeita a justificativa do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para…
A maioria dos brasileiros rejeita a justificativa do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos do Brasil. Segundo levantamento da Quaest divulgado nesta semana, 72% dos entrevistados consideram a medida equivocada, enquanto 79% acreditam que o “tarifaço” afetará negativamente sua vida pessoal.
Além disso, 55% avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuiu para a reação de Trump ao criticá-lo durante a cúpula dos BRICS. A fala de Lula, considerada por parte dos eleitores como provocativa, teria motivado a retaliação econômica.
A pesquisa reflete a percepção pública sobre a tensão diplomática entre os dois países e revela preocupação com os possíveis efeitos da medida sobre preços, empregos e o custo de vida no Brasil.
Confira os números:
Trump está certo ou errado de impor taxas por acreditar que há uma perseguição a Bolsonaro no Brasil?
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
- Certo: 19%
- Errado: 72%
- Não sabe/não respondeu: 9%
- Fonte: Genial/Quaest
Ainda 79% dos entrevistados afirmam que a taxa de 50% anunciada pelo americano aos produtos brasileiros vai prejudicar suas vidas ou de suas famílias.
Essas altas tarifas aos produtos brasileiros vão prejudicar sua vida?
A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
- Sim: 79%
- Não: 17%
- Não sabe/não respondeu: 4%
- Fonte: Genial/Quaest
A pesquisa Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, foi realizada entre os dias 10 e 14 de julho e ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança, de 95%.
De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o embate público com Donald Trump contribuiu para a recuperação da popularidade do governo Lula, especialmente entre a classe média do Sudeste — um grupo mais escolarizado e politicamente informado, que se vê diretamente impactado pelas tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.
“São os segmentos que mais se percebem prejudicados pelas tarifas de Trump e que consideram que Lula está agindo corretamente. Por isso, passam a apoiar o governo”, explicou Nunes.
Segundo ele, o governo saiu de uma posição de coadjuvante para protagonista na pauta pública nacional. “Depois de pautar os setores mais ligados à esquerda com a taxação dos super-ricos, agora conseguiu mobilizar os setores médios, menos ideológicos e mais informados, com uma agenda que unificou a esquerda e dividiu a direita”, afirmou.
O levantamento também mostra sinais de melhora nos índices de avaliação do governo. A desaprovação oscilou quatro pontos para baixo, caindo de 57% para 53%, enquanto a aprovação subiu de 40% para 43%, revertendo parte da queda registrada na pesquisa anterior.
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