O Hospital Universitário de Brasília (HUB) realizou, neste sábado (5/7) um mutirão de cirurgias eletivas e procedimentos, incluindo exames de mastologia, coloproctologia e ecodoppler, além de cirurgias de várias especialidades, como oftalmologia e cirurgias vasculares. Mais de 350 procedimentos foram ofertados, somados cirúrgicos e de diagnósticos, nas diversas especialidades médicas.
Para viabilizar a ação, o mutirão contou com o apoio de cerca de 120 profissionais de saúde entre médicos especialistas, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, técnicos de radiologia e residentes, diretamente envolvidos no mutirão. A ação de atendimentos integra o Dia E, um esforço coordenado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e alinhado ao programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo presidente Lula com o Ministério da Saúde.
Segundo o presidente da Ebserth, Daniel Beltrammi, acontecerão outros mutirões em setembro e dezembro. “Os procedimentos são feitos com recursos do governo federal via Ministério da Educação e da Saúde. A regulação dos pacientes fica por conta do Governo do Distrito Federal”, disse. “Os mutirões serão realizados em todo o Brasil. Serão 10300 procedimentos em todo o país, 1100 cirurgias eletivas, 7900 exames, 1300 consultas só no sábado.
De acordo com a professora Fátima Sousa, da Universidade de Brasília (UnB), a importância do projeto vai além da redução das filas. “O objetivo é tornar os atendimentos mais acolhedores, evitando que os pacientes esperem por anos. A proposta permite acelerar o processo de forma mais humana e eficiente”, disse.
Procedimento
A aposentada Maria de Jesus Aragão Mendes, 65 anos, vive a expectativa de um momento aguardado, a realização de uma cirurgia para desobstrução do aparelho lacrimal, no Hospital Universitário de Brasília (HUB). O procedimento chamado darcriocistorrinostomia, representa o alívio de um incômodo que há tempos afetava sua qualidade de vida.
“Era algo que me atrapalhava muito. As lágrimas escorriam o tempo todo, quentes, me causavam muito desconforto. Cheguei a ter infecções por causa disso. Então, eu estava com muita vontade de resolver logo”, contou Maria de Jesus ao Correio.
Ela relatou que procurou atendimento inicialmente no Hospital Pacini, onde realizou consulta com um oftalmologista. No entanto, o plano de saúde não cobria internação ou cirurgia na unidade. Na clínica, a aposentada recebeu indicação para procurar o doutor Gustavo Magalhães, referência no procedimento no HUB.
Após chegar no hospital, a paciente se diz satisfeita com a estrutura e o acolhimento recebidos na unidade. “Eu estou muito feliz por chegar aqui, porque tem toda uma equipe, tem todo um cuidado, todo um preparo especial com a gente. Só de estar aqui já é um caminho andado”, afirmou.
Apesar da ansiedade natural antes da cirurgia, principalmente por conta da anestesia e da idade, Maria mantém o otimismo. “A gente fica um pouco nervosa, nem consegui dormir muito bem durante a noite. Mas eu acho que vai dar tudo certo”, declarou Maria com emoção.
Após um ano e meio de espera, a atendente de padaria, Gardênia Passos Rodrigues, 38 anos, fez uma topoplastia, procedimento cirúrgico oftalmológico que visa remodelar a córnea, para corrigir astigmatismo, especialmente após transplante de córnea. “Fiz o transplante e agora estou muito feliz em fazer a cirurgia para poder enxergar melhor”, disse.
Os dados de fila de espera estão no site do Ministério Público. “As filas são únicas. O complexo regulador direciona o pacientes para as vagas disponíveis em toda a rede dentro das prioridades de acordo com fila única”, explicou a professora Fátima Souza.
Por Painel da Cidadania
Fonte Correio Braziliense
Foto: Davi Cruz/CB/DA Press
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